Decoração e pseudo-especialismos

Ultimamente tenho visitado muitos sites e blogs de decoração. Estou para me mudar em alguns meses, então estou querendo reunir algumas idéias para tentar executar no meu novo lar. As que achei mais legais até agora foram essas:

Essa varanda pequenininha com muitas utilidades: temperinhos na parede (com essas plaquinhas lindas), pedrinhas e esse estrado/deque de madeira. Na minha eu farei sem o pufe - gosto da idéia de sentar no chão - e com os vasos de uma cor só, que ainda não sei qual é. Só não sei se é muito funcional, já que não sei como será a incidência de sol e calor na varanda, e se as plantas vão sobreviver. Também tenho medo que as pedras atrapalhem o escoamento da água, mas isso eu tenho a impressão que não.

Saquinho de areia como peso para os livros. Isso é bem fácil de fazer e versátil, já que dá para escolher qualquer tecido. No blog que eu vi, havia a orientação de colocar a areia num saco plástico antes para não escapar pela trama do tecido. Eu colocarei em alguns sacos sobrepostos, e farei um saquinho mais com cara de trouxinha, não assim quadrado.
Isso eu achei bem legal e não deve ser tão caro: revestir a parede da cozinha com uma faixa de vidro. Deve facilitar horrores para limpar! E no meu caso talvez seja necessário, já que a construtora cobrou para revestir a cozinha e o banheiro até o teto o preço de revestir o prédio inteiro. Não fiz, lógico, e agora tenho que ver até onde vai o azulejo... Talvez, no lugar de revestir, eu mande tirar o que tem e coloque esse vidro. Vamos ver.
Isso é muito legal e achei que seria bem funcional pela disposição dos cômodos no apartamento. A planta dele é estranha, o lugar destinado a colocar a TV impede de colocar outras coisas, como uma estante grandona ou um sofá legal. Depois caí na real e vi que um divisor de ambientes num apartamento do tamanho de um ovo pode atrapalhar. Mas tá guardada a idéia, quando entregarem vou ter mais noção e saber se rola ou não.
Essa também eu adorei: uma estante magrinha fazendo as vezes de criado-mudo. Achei bonito e seria muito útil para mim, que guardo 968 coisas do lado da cama: garrafa de água, lanterninha de leitura, livro, revista, cruzadas, caneta, bepantol, lenço de papel, lenço umedecido, creme de mão-pé-unha-perna...

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Durante essas visitas todas constatei uma coisa que eu já vinha observando há tempos: o mundo está repleto de pseudo-especialismos. Virou uma epidemia isso. Não se pode mais comprar uma geladeira porque ela gela e conserva os alimentos. Você compra uma geladeira porque ela tem design retrô ou clean, da cor tal, que vai combinar ou contrastar com a decoração de sua cozinha, que pode ser 70`s ou pós-moderna.

Não posso mais usar um batom vermelho, tenho que usar o Ruby Woo que é vermelho-fosco da MAC com fundo azulado-alaranjado-turquesa, que vai bem com pele amarelada quente-meio-fria de NC 15 a NW 45. Se você for NW-50, aí não pode. Tem que usar outro tom.

Preguiça dessas coisas. Gosto de brincar disso, mas tem gente que leva tão a sério... E em todos os campos, pode observar. Experimente comentar que você gosta de Beatles (pode substituir por tudo, desde Iron Maiden até Chico Buarque): vai logo chegar alguém perguntando de que fase, qual o álbum preferido, e se espantando de como você não sabia que a música X foi composta na situação Y. Putz. Mal consigo lembrar o nome da música, que dirá a riqueza de detalhes que a cerca.

Estou tendo nostalgia do tempo em que a gente só escutava música, só vestia roupas, só comprava eletrodomésticos. Só, sem nenhuma referência por trás.