quinta-feira, 25 de março de 2010

Tudo caseiro

Daí que na época de vacas mais magrinhas, a gente tem que fazer tudo em casa, pra economizar. Isso inclui cuidados pessoais, alimentação e afins. Pela minha experiência, vou falar de como eu gosto de fazer cada coisa em casa:

- Manicure/Pedicure: nem vou me atrever a falar algo mais profundo sobre isso, porque pela internet tem uma infinidade de tutoriais detalhados sobre como fazer cada passo. O que eu acho essencial é ter um alicate afiado e muita paciência. Se no salão um trato nas mãos e pés dura uns 30 a 40 minutos, em casa eu chego a levar 1h30 ou 2h. Ah, e lembrando que "menos é mais", porque quando eu comecei eu queria tirar tanta pele que todos os meus dedos sangravam. Hoje até que estou mais controlada, mas ainda lenta. Sinceramente, gosto mais do resultado caseiro do que do salão.

- Depilação: aqueles aparelhos elétricos são ótimos! Já tive o Satinnele comum, que tava velho e não puxava mais os pelos, e agora tenho o Britania cabeça dupla, que não é tão bom mas dá legal pro gasto. Eles têm seus defeitos, como a lentidão (de novo) em relação ao procedimento feito com cera pela esteticista e a dor, que no começo é significativa mas lá pela terceira vez já diminui, é bem tranquilo aguentar. E as qualidades: comodidade de você poder escolher quaisquer dia e hora pra ficar lisinha, os pelos saem todos pela raiz e demoram a crescer, e a qualidade essencial que é não passar pelo constrangimento de uma desconhecida depilar sua virilha dizendo coisas do tipo "segura essa banda aqui pra mim". Duas dicas: conte sempre com algum talco e ponha bastante antes de deslizar o aparelho, porque assim ele não fica emperrando com suor, oleosidade, essas coisas. A outra dica é evitar ao máximo raspar com gilete entre uma depilação e outra, porque aí quando vc vai passar o aparelho dói pra cacete!!

- Cabelos: uma tampa de Bepantol líquido faz qualquer creme C virar um creme A. Lavo com qualquer xampu de limpeza profunda (às vezes uso sabão de coco mesmo, e funciona igual), misturo 3 colheres de creme, o Bepantol e açúcar mascavo. Fica mara!

- Alimentação: saindo do campo dos cuidados-pessoais-mulézinha, vamos à parte de fazer comida. Qualquer coisa refogada com alho, cebola e pomarola misturada com macarrão cozido dá uma ótima refeição. Isso inclui linguiça calabresa, frango picado, atum, carne moída, almôndegas e o que mais você gostar. Fora que, se você tiver curiosidade e nenhum medo de errar e experimentar, vai acabar fazendo coisas maravilhosas. Até tutu com couve à mineira e feijoada de frutos do mar eu já fiz. Fui pegando as receitas, seguindo certinho as medidas até ganhar segurança e fazer as coisas do meu jeito mesmo. É mais fácil do que parece, pode acreditar.

Só tem um porém: atualmente, tenho que cozinhar pra UM, o que é um saco sem fundo. Não tenho a menor paciência de cozinhar só pra mim. Resultado: o almoço hoje foi uma pizza de mussarela marca GBarbosa (?), e o jantar um pacote de biscoitos sabor queijadinha....

domingo, 21 de março de 2010

A angústia dos múltiplos

Antes de começar a escrever esse post, é bom avisar que eu tô numa montanha russa hormonal agora. Dei um intervalo na pílula, e isso trouxe todos os efeitos de uma TPM que há muito eu não sentia - ou seja, dolorida dos pés à cabeça, de mau humor e um tanto quanto intolerante. Impressionante o que aqueles inocentes comprimidos nossos de cada dia evitam além da gravidez. Digo isso porque se alguém quiser ir conhecer o lugar, é bom saber que a minha visão estava meio influenciada por isso, né. Sem mais delongas, vamos ao assunto principal.

Esses dias, fui com meus pais, que estão me visitando, a um restaurante novo que abriu aqui em Aracaju, chamado Labareda Grill. O lugar é bonito, amplo, tem dois andares - o inferior com ar condicionado e o superior, escolhido por nós, ao ar livre, bem ventilado, com um telhado alto.
O problema começa na proposta do lugar: ele é churrascaria, pizzaria e massas, sushi bar, petisqueria, e mais alguma coisa que não lembro. Tudo ao mesmo tempo agora. E é rodízio. RODÍZIO. É.

Devo confessar que já fico um pouco aflita em rodízios, você lá tentando comer e as pessoas enfiando coisas na sua cara, entre o seu nariz e o prato em que você come, e você lá de boca cheia tentando ser educada e pronunciar "não, obrigada" enquanto escorre o molho da lasanha pelo canto da boca, a cada quinze segundos.

Maaas, esse lugar tem algo de especial, porquê é rodízio de tudo junto!! Você lá, sentadinho conversando, e te oferecem (não necessariamente nessa ordem): pizza de brigadeiro? linguiça calabresa? sushi? lasanha bolonhesa? coração de frango? pão de alho? caneloni? sashimi? picanha com queijo? pizza de confete? AAAhhh, que angústia, meu estômago ficava embrulhado e eu ia perdendo o apetite a cada momento. Me imaginava comendo mesmo aquelas coisas naquela ordem, um horror! Reitero aqui que não há exagero algum, todas essas coisas que listei passaram realmente pela minha mesa. Além de um barman com um carrinho de destilados e frutas que fazia os drinques sacudindo a coqueteleira em frente à sua mesa, no meio de toda a confusão.

Fora a parte gastronômica, havia uma banda tocando um repertório na mesma linha múltipla das comidas. Logo que eu cheguei, tava tocando o quê? O quê?? Jorge Vercilo, claro!! Depois passou pra Djavan, ok, não mudou quase nada. Daí João Bosco, algum sertanejo, O Rappa, Alceu Valença, Rebolation e um Zeca Baleiro pra fechar. O embrulho no estômago só aumentava...

Como nós havíamos escolhido a parte aberta do resturante, dali a pouco, claro, começou um temporal. O que por sua vez culminou em um monte de fregueses em pé em meio às panquecas, costelinhas e pizzas doces, esperando um time de garçons um tanto quanto desajeitados abaixarem os toldos da varanda.

Quando veio a conta, estava, lógico, errada, cobrando coisas a mais. Até acertarem, mais um tempão. Enquanto isso eu assistia, numa mesa do lado, um cara de BECA jantando. Das duas uma: ou ele foi pelado por baixo da beca pra formatura e saiu de lá com fome, ou fez questão que todos soubéssemos que ele estava se formando em sei-lá-o-quê. Parabéns pra ele.

Ok, voltamos pra casa, pensando que enfim poderíamos relaxar, quando a 500m da entrada do portão, na rua do sítio, tava rolando uma festa, olha que legal! Pra quem não conhece, a rua deve ter ao todo uns 20m de largura, e estava tomada de barracas de um lado e de outro, e havia uma pista de dança de arrocha no meio! Passar com o carro em meio aos muitos foliões foi tããão legal, fechou com chave de ouro!