terça-feira, 28 de dezembro de 2010

O Natal e os presentes



Adoro Natal. Gosto muito mesmo, adoro as comidas, os enfeites, a reunião familiar. Não gosto muito é do tal "clima natalino", toda aquela hipocrisia de fazer o bem sem olhar a quem (que dura uns quinze dias). Fora o ritmo nas ruas: tudo engarrafado, tudo lotado, um imperativo de consumo sufocante, a mensagem piscando em tudo quanto é canto: compre, compre, compre.

Mas não vou ser falsa de dizer que não gosto de ganhar presentes, né. Adoro dar e receber presentes, não gosto é da obrigação de fazê-lo, tanto que meus melhores presentes, dados e recebidos, foram de pessoas que eu não estava esperando.

Por exemplo: no dia do sorteio do amigo oculto lá da empresa eu não estava no Rio, por isso não participei da brincadeira. Mas no dia da troca de presentes, ganhei o primeiro CD do Chico Buarque daquela coleção que está sendo vendida semanalmente nas bancas. Gostei tanto! Serviu como incentivo, ontem inclusive fui comprar os outros quatro que já saíram e resolvi terminar a coleção toda.

Ganhei também um presente do meu pai que conseguiu ser a minha cara e a cara dele ao mesmo tempo. Meu pai adora lojas de construção, e me deu de Natal uma ducha lindona, cromada, que faz uma pressão enorme na água, tem 4 temperaturas e mais um monte de coisa. Achei lindo, gostei mesmo, acertou no presente como nunca pensei que ele pudesse fazer!! Dentro em breve estarei montando apartamento, vai ser de muita utilidade. Fora que ela é um charme.

Mas tem outras coisas que não consegui comprar nem ganhar, hehehe.



Esses dois kits de ylang-ylang da Granado, por exemplo. É o melhor cheiro do mundo, coisa de louco. Nem vou ser irresponsável de comprar agora por causa da quantidade de coisas do tipo que eu já tenho aqui. Aliás, nem sei como vou levar isso tudo pra casa quando eu voltar, vou pagar um excesso de bagagem bonito. Mas fica aí na fila, quando forem acabando os produtinhos que já tenho eu vejo....

E esses livros do Dexter:





Acabei de assistir à quinta temporada agora, e sempre fico meio órfã quando acaba uma temporada de Dexter. Tinha que ser como as novelas: durar uns 9 meses e ser exibido diariamente. Ler os livros me ajudaria a esperar até o ano que vem.
Esses eu tô pensando seriamente em comprar, um de cada vez, assim que acabar de reler dois que eu trouxe para o RJ. Só que...


Tem esse outro, que eu quero ler há um tempão já... Também está na fila, por isso tô indecisa sobre qual eu compraria. De repente comprarei esse e o primeiro do Dexter, e leio os dois ao mesmo tempo. Como eu mal tenho tempo de ler um, melhor esperar mesmo até me decidir.

E por último:


Comprei uma calça dessa linha nova da Levi's, que tem modelos para três tipos de corpos diferentes: bunda pequena, bunda média e bunda grande. A calça é perfeita, veste muito bem mesmo. Nada dessa história de fazer pences na cintura, nada de ficar rebolando e passando creme nos quadris para a calça escorregar, nada de comprar uma calça que na hora fica boa mas depois de uma única lavagem cede e fica caindo. Essa calça é tudo. Óbvio que seria cara, né? Queria mais uma, mas vou esperar o verão passar (já que quase não uso calça agora) ou a época de liquidações para comprar mais desse tipo. Minha idéia é substituir aos poucos todas as minhas calças por essas de bunda grande, mas cada uma custa em torno de 160 reais. Então, vamos com calma...


P.S.: Todas as imagens foram tiradas dos sites para os quais as legendas redirecionam ao clicar. A maioria já cai direto no link para comprar, hehehe. Assim não preciso pesquisar de novo pelos melhores preços quando eu for comprar de verdade.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Bóris


Como eu disse no post anterior, estou na casa da minha avó em Recife. Ela é mãe da minha mãe, que representa o maior lado da família. Só para terem uma idéia, minha avó tem 9 filhos, 8 genros/noras, 18 netos e 9 bisnetos. Minha mãe tem 60 primos, contando só os de primeiro grau. É bizarro, é muita, muita gente, chega ao ponto de eu conhecer um parente praticamente toda vez que venho a Recife.

E casa de vó, sabe como é, é casa de todos. No dia em que eu cheguei aqui, última sexta-feira, estávamos onze pessoas nos amontoando na sala, o que gera uma miscelânea completa. Pelo menos uns 5 assuntos paralelos, de vez em quando um assunto mais geral que envolvia todo mundo, uma gritaria, pessoal rindo muito alto. Não sei como os vizinhos não jogaram água pela janela!!

Daqui a pouco o neto que mora em frente traz o DVD do casamento dele, coloca no aparelho, bota pra rodar e dane-se quem estava vendo televisão antes. Um outro chega com fome, vai pra cozinha, reclama que a comida tá fria, ele mesmo esquenta e come. Todo mundo se junta a ele e passam a comer inhame com frango, que não dava para todo mundo. Os casais dividem pratos de comida e xícaras de café. A cachorra do neto vizinho começa a reclamar de ter ficado sozinha, e é trazida para a casa da vó também.

Nesse momento a sala dela estava assim: uma parte das pessoas na mesa comendo, outra assistindo à filmagem do casamento, eu pedindo uma pizza porque a janta acabou e eu não tinha comido, a cachorra correndo, latindo e perseguindo uma bolinha, a criança com medo da cachorra, gritando. Tudo isso em meio a muitas risadas e conversas, que iam desde a situação da guerra no RJ às histórias de flatulências de alguns membros da família.

O mais inusitado ainda estava por vir: chega o filho que viajaria no dia seguinte, trazendo um aquário com um peixe pra deixar na casa da vó. Realiza a cena: a miscelânea que já estava, e uma pessoa trazendo um peixe para visitar a vó e passar o fim-de-semana com ela!!

Acho que essas coisas só acontecem em famílias enormes mesmo, não é possível. Detalhe: o peixe tinha nome, e chamava-se Bóris. Sabemos depois que ele tinha um companheiro de aquário, chamado Billy, que morrera na véspera. Bóris sobreviveu ao fim-de-semana bem, depois voltou para casa por tempo indeterminado.



Teste: Você é uma tia chata?

Estou em Recife, na casa da minha avó. Ela mora no apartamento térreo em um condomínio de muitos prédios baixos, o que tem, claro, vantagens e desvantagens - para mim. Para ela nem discuto, já que só o fato de não ter que subir escadas é fator determinante.

Uma das desvantagens é ouvir toda e qualquer conversa que se passa na área comum do condomínio, que pode ser entre diversos tipos de pessoas diferentes (adolescentes, senhoras, garotões, crianças e às vezes alguns elementos misturados). Há dois minutos, ouvi o seguinte diálogo aqui na janela:

- Alô? Quem fala? Ah, sim, oi Leandrinho, como você tá?
- Oi, sou eu sim. Anota o número na agenda do celular, que eu mudei.

Imagino que o tal Leandrinho tenha dito isso, pelo contexto do diálogo. Agora é que começa o teste. Como você prosseguiria o diálogo?

a) Claro, anoto sim. Mas diga, como estão as coisas? (ou qualquer coisa que o valha)

b) Menino, agora não dá porque esqueci os óculos em casa, saí com pressa pra comprar gás e nem trouxe. Só vou poder salvar quando eu chegar em casa, aí vai dar pra ver a tela do celular. E você nem sabe, eu não tô enxergando nada sem meus óculos, nada! Tenho até que marcar um médico pra ver se "me opero" logo, bla bla bla whiskas sachê.

E aí, qual a opção??

Note que eu estou tentando estudar. Dou um doce pra quem adivinhar qual foi a opção da vizinha aqui do meu lado.