"Procurava sempre fazer distinção entre o sério e o não-sério, e enquadrava sua carreira de professor na categoria do não-sério. Não que a profissão de professor em si mesma fosse desprovida de importância (...), mas a considerava fútil em relação à essência de sua pessoa. Não a escolhera. Essa profissão lhe fora imposta pela pressão social (...). Compreendia no entanto que sua profissão fazia parte dos acasos de sua vida. Que iria colar-se à sua pele como um bigode postiço que se presta ao riso.
Mas, se uma coisa obrigatória é uma coisa não-séria (que se presta ao riso), o sério é sem dúvida aquilo que é facultativo."
Não pude deixar de relacionar com uma imagem muito legal que vi ontem. Fui à Abertura do Carnaval Não-Oficial do Rio de Janeiro, que aconteceu na Praça XV, centro histórico do Rio. Ver o pessoal bêbado, fantasiado, pulando e cantando nas escadarias e arredores daqueles prédios tradicionais foi, no mínimo, inusitado:




Confesso que ontem eu não sabia explicar muito bem o motivo de eu achar essas imagens tão interessantes, só ficava lá, no meio, olhando fascinada e com um sorriso no rosto. Hoje o livro me ajudou a entender o meu encantamento.
Sério é o carnaval. Burocracia, formalidade, política, história, monumentos, economia... nada disso é sério. E com os blocos de carnaval ocupando esse espaço, isso ficou bem mais evidente.
Me dei conta (dei-me é muito feio) também que eu sou o tipo de pessoa que fica filosofando sobre o carnaval.
E não é?? Adorei o texto e a relação que você fez com o carnaval! Muito massa eles fazerem isso em frente a este prédio todo imponente!
ResponderExcluirSerio certamente e saber viver. Como a praça xv se tornou muito mais linda com todo esse colorido e os sorrisos.
ResponderExcluirComo e serio encontros por acaso na rua, ou conhecer pessoas q voce nunca imaginou...
Realmente, a nossa politica esta longe de ser seria.Principalmente por ser permitido que a Mulher melao e o tiririca se candidatem...