domingo, 26 de junho de 2011

Depois dizem que o twitter não serve pra nada...


Pois é. As pessoas hoje em dia ainda têm a cara-de-pau de dizer que o twitter não serve para nada, que não é possível resolver nenhum problema apenas "xingando muito" por lá. Que o excesso de informação em tempo real serve mais para alienar do que para fazer refletir. Que as pessoas fazem uso do twitter para repassar informações nem um pouco relevantes para o resto da humanidade exterior ao seu umbigo, do tipo "tô com fome", "tô com sono" ou "sinto falta do biscoito da vaquinha em Aracaju".

Eu, até ontem, era uma dessas pessoas. Até ser surpreendida com um reflexo magnífico dessa troca de informações desimportantes:







Sim, meus caros. O meu "xingamento" teve a melhor ressonância que poderia ter. Ganhei nada mais, nada menos do que CINCO pacotes do biscoito da vaquinha de um amigo que veio do Rio passar uma semana em Aracaju no São João!!!

Nos seguimos no twitter. Ele entra pouco, mal fala, difícil interagirmos diretamente. Não sei nem se ele leu por lá mesmo ou aqui no blog. O que eu sei é que cruzei com ele no shopping e ele disse que tinha me trazido um presente. Fiquei curiosa uns dias, até ter a melhor surpresa de todas!!

Tentativas de descrever como esse biscoito é bom são inúteis. Mas, procurando a imagem para ilustrar o post, me deparei com um texto com o seguinte título: Piraquê: neoconcretismo e o dilema da vaquinha (pra vocês terem noção de que o negócio é sério), e extraio de lá uma citação que pode ajudar:



"Vejo poucas oportunidades de termos 'arte para os cinco sentidos' tão completas quanto ver o biscoito estampado na embalagem, rompe-la com as próprias mãos, sentir o cheiro do desejado alimento invadir nossas narinas, degustar as mordidas enquanto se ouve/vibra com cada mordida crocante."



Sem mais.

E eu aqui vou economizando na minha experiência artística, comendo apenas meio pacote de cada vez e guardando para momentos críticos de tristeza e TPM, como eu vinha fazendo com uma caixa de alfajores. Os biscoitos chegaram apenas uns três ou quatro dias depois de eu ter comido o último alfajor. Só pode ser a intervenção divina.