sábado, 16 de abril de 2011

Coisas das quais sinto mais falta no RJ: as comidas

Viver em Aracaju tem vários percalços, e exige uma série de sacrifícios... Um deles é ter que viver sem todas essas comidas aí embaixo.


Imagem daqui


1) Biscoito da vaquinha: achei que esse biscoito fosse patrimônio brasileiro tal qual a língua portuguesa. Ledo engano: nunca achei esse bonitinho para vender aqui. Sei que ele não tem nada de especial, e que existem muitos parecidos com ele. Mas sabe como é, nenhum é igual. Ele tem um gostinho particular, não é sem graça nem artificial demais, como outros concorrentes. Já me disseram que não existe Piraquê no NE, mas eu vi goiabinha para vender - na sessão de biscoitos importados (?!). Quanto ao meu querido da vaquinha, nada feito.


Imagem daqui


2) Egg Sponge da Panco: não tem nenhum pão sequer parecido com esse. Ele é tão bom, fofinho, macio, gostoso. Ótimo de manhã ou no finzinho da tarde, com requeijão e presunto. Mas nhé, não tem aqui. Nem nada da Panco. Da última vez que eu viajei, mamãe queria que eu trouxesse dois pacotes fechados dele na mala, e alguns biscoitos, mas achei surreal viajar com comida e não trouxe. Depois, naturalmente, me arrependi...



Imagem daqui


3) Matte Leão: esse eu até encontro por aqui. Às vezes assim, já pronto, no supermercado, outras vezes só a erva. Só que, poxa, eu não estava acostumada a ter esse ritual todo pra tomar mate. Ter que planejar, comprar antecipadamente, preparar a erva. O que eu queria era chegar em qualquer barraquinha na rua, com sede, pedir um mate e tomar no meio do dia. Se peço isso aqui, as pessoas me olham com cara de "do que você está falando, sua louca?". Não sabem nem o que é mate.

Imagem daqui


4) A Coxinha da Lecadô: Lecadô é uma famosa casa de tortas lá no Rio, não sei se tem em outros lugares. Aqui em Aracaju, por exemplo, não tem. E concorrendo com os doces (que também são muito bons, mas artificiais demais pro meu gosto) pau a pau como responsável pelo sucesso da casa está a coxinha. A coxinha. Tudo nela é maravilhoso: a massa, o recheio, o catupiry, o papel de embrulho, o prato... Poucas vezes consegui passar perto de uma loja sem comer essa coxinha. Só de falar me dá tristeza.


Imagem daqui


5) Pimenta Rosa: também nunca achei aqui para vender. Gosto muito de usar em peixes, antepastos e caipirinhas. É ótima, aromática, não arde. Outra que tenho que passar sem. Considero trazer grandes quantidades na próxima viagem.



Imagem daqui


6) Pizza Hut: aqui já entrando na categoria "restaurantes". É bem caro, eu nem era frequentadora tão assídua lá no Rio, mas era um capricho que eu fazia a mim mesma de vez em quando. Uma das melhores pizzas que já comi, disparado. Só perde para a "Pense Pizza", pizzaria cujo logo era o piu-piu, do bairro de Inhaúma (subúrbio do RJ), onde eu morei boa parte da vida. Era mehor que Pizza Hut, falando sério. E devia custar um um terço do preço.


Imagem daqui


7) Spoleto: a comida não é maravilhosa, e eu ficava aflita com o ritmo do lugar. Aquela coisa de berrar uma lista de ingredientes que iam para a frigideira fingir ser refogados me incomodava. Mas que era uma das melhores opções de almoços relâmpago em praças de alimentação, ah isso era. Mais saudável que engolir um sanduíche.


Imagem daqui


8) Padarias: ah, que delícia era ter uma padaria enorme em cada esquina. Eu às vezes parava para comer um misto ou pão na chapa com um suco bem fresco, às vezes levava alguma coisinha diferente para casa. Ainda podia aproveitar para comprar leite ou Nescau que estivessem acabando, quem sabe até um Pomarola. Tinha dias que eu tomava um Yakult avulso da geladeira e mais nada. E aqueles pãezinhos de alho e cebola? E os sonhos?? E bombons confeitados, brigadeiros enormes... Snif, snif. Aqui até tem algumas padarias maiores, mas não são locais de passagem, sabe? É preciso pegar o carro e se deslocar só para ir à padaria. Aí não tem graça...

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Omeletes e pepinos

Imagem daqui



Não dá pra fazer uma omelete sem quebrar os ovos - versão literalmente:

Estava eu entrando em casa ontem cheia de sacolas de supermercado quando uma delas cai no chão. Só uma, de mais ou menos oito. A única que não poderia cair. Ela mesma, a dos ovos.

Xinguei, esbravejei, quis sair de perto pra não ter de limpar toda a sujeira que a metade dos ovos - agora quebrados - tinha feito. Mas, né, vida de adulta, temos de nos responsabilizar.

Aí tive uma idéia: ao invés de jogar pelo ralo, despejei num potinho o que tinha sobrado dos ovos dentro das cascas, bati, coloquei um tomate em cubinhos, uma fatia bem grossa de queijo em pedacinhos, muitas folhas de manjericão fresco que eu também tinha trazido nas compras e que, infelizmente, é tão raro de encontrar por aqui... E assim o acidente doméstico virou meu jantar!


***

Pena que nem todos os acidentes domésticos podem ter esse final feliz. O sifão que se soltou e agora faz vazar água direto não deu pra transformar em nada a não ser um balde sob a pia.

***

Tem outra coisa que não dá pra classificar como acidente doméstico - tá mais pra burrice da moradora - que me preocupa nesse momento. Em resumo: como pode a pessoa ficar UM ANO com a conta negativa e não perceber?? É uma conta que só é usada para débitos automáticos dos juros de um financiamento, e logo que foi aberta depositei uma quantia X e esqueci da sua existência. Entrava a cada 3 ou 4 meses pra ver o saldo, que sempre se apresentava assim: "Saldo Disponível R$ xxxxx". Só hoje eu fui perceber a letrinha D do lado do saldo. Que merda, que merda!! Agora tô com medo de perder o objeto do financiamento por causa dessa "pequena distração".
Sei que não é desculpa nem de longe, mas os outros bancos que estou acostumada colocam o saldo em vermelho-sangue com um sinal de negativo enorme na frente. Esse aí, azul-bebê, nem me chamou a atenção. Mas, né, se responsabilizar. Amanhã eu vejo isso, sem falta.