domingo, 29 de agosto de 2010

Que linda!!!


Imagina só: você aprende a cozinhar, vai criando o hábito, vai gostando cada vez mais. As pessoas gostam do que você cozinha, e você descobre uma porção de coisas novas. Quase que naturalmente, você começa a dar algumas aulas, e daí cursos, e mais e mais pessoas se interessam e você começa a não dar conta da demanda. Daí você tem uma idéia: vou dar cursos on line!
Excelente, é só chamar um webdesigner bem competente, montar um site bem bonito e divulgar! E a cereja do bolo, qual é? Escolher minha melhor foto, com o melhor penteado e a melhor maquiagem possível, em que eu esteja transbordando carisma e simpatia, e colocar no cabeçalho do site!! Que linda, que orgulho!! Olha só o resultado:

Clica que aumenta, ou para ver na fonte, clique aqui

Gente, o que é isso? Eu lá na internet, inocente, procurando uma simples receita de tomates pelados, e me deparo com essa beleza toda!! Juro que eu pensei que fosse um site de humor, uma caricatura, qualquer coisa que o valha.

Continuo sem a receita, mas ganhei umas risadas hoje.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Spectraban T Color Base ou Uma Segunda Chance

Imagem: MAKEUPalooza

Há mais ou menos uns 4 ou 5 meses, comprei esse kit de protetor com cor de base da Spectraban. O preço estava bom, e ele é lindo, bem legal mesmo: vem uma bisnaga da versão líquida, uma embalagem da versão compacta e uma miniatura fofíssima de cada uma delas. A caixa também é bonitinha, era edição limitada, enfim, um chamariz pro consumo!
Testei e não gostei muito de nenhuma das versões... A líquida ficava muito brilhosa, grudenta, e a compacta ficava muito pesada, com cara de massa corrida. Tentei algumas vezes, mas não rolou.
Aí deixei encostado, dentro da embalagem ainda, bem assim como aparece na foto, até decidir o que fazer com ela (basicamente, pra quem doar).
De lá pra cá estava usando o AntiHelios AC FPS 40 em dias de sol forte, e um hidratante com FPS baixo (15) em dias nublados, mais frequentes no inverno. Só que tá errado, né? Com a cor de pele que eu tenho, FPS 15 não é nada, nem faz cócegas.

Imagem: O Boticário

Aí eu comprei esse pó do Boticário pra ver como se comportava comigo, já que ouvi falar bem dele, mas nem tava pensando em usar no dia-a-dia. Seria mais pra sair, pra quando eu quisesse ficar mais segura com relação ao meu rosto, e tal. Nem pensei que o efeito dele fosse durar o dia inteiro, por isso que não imaginei usá-lo diariamente. Só que me surpreendi positivamente: ele segura muito bem a oleosidade, muito bem mesmo. Eu não vejo diferença nenhuma entre ele e o Blot que eu comprei na viagem - na verdade vejo sim, mínima, e sinceramente acho o do Boticário um tantinho melhor. Aí comecei a usar o protetor mais potente, o AntiHelios, todo dia combinado ao pó, e o resultado foi ótimo.

Foi aí que o Spectraban entrou na história: essa semana, quando voltei do Rio, olhei a caixinha fofa dele encostada e pensei: taí, podia testar ele com o pó anti-brilho. Dito e feito: adorei. O efeito do Spectraban na pele é bonito, bem natural, não cobre todas as imperfeições mas te deixa com a pele boa, sabe? Por exemplo: quando uso ele, só uso corretivo nas olheiras, não precisa em volta do nariz nem em outro lugar qualquer. Passo ele, espalho bem, e apago o brilho com o pó do Boticário. Fico várias horas com a pele sem brilhar, tô adorando!! Ainda bem que eu não me desfiz de primeira.

A versão compacta é que ainda está esperando uma segunda chance: estranhamente, a cor dela é mais escura do que a da versão líquida. Pouca coisa, mas faz diferença. Aí eu estou esperando chegar o verão, quando estarei "mais moreninha", pra testar novamente. Ou tentar aplicar com algum pincel duo fiber pra ver se fica menos grossa, mais natural do que com a esponja. Não fiz isso até agora porque não tenho um duo fiber, e ela é cremosa demais pra ser aplicada com pincel de pó comum.

Moral da História: é bom esperar antes de se desfazer de alguma coisa, ou, como diria minha avó, quem guarda tem!!

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Conversas por aí


Estava eu no aeroporto, no Rio, tinha acabado de chegar de Aracaju. Mamãe e meu irmão estavam me esperando, mas não na área de embarque, na lanchonete. Os dois já tinham comido, e eu cheguei azul de fome, escolhi um toast de peito de peru e um suco, feliz da vida. O garçom anotou o pedido e saiu. Dali a um minuto ele volta e diz:


- Senhora, tô sem peru.

** 5 segundos de silêncio **

Eu: - (...) HAHAHAHAHAHAHAHA
Garçom (vermelhíssimo): - Tô sem o ingrediente do seu sanduíche, senhora.
Eu: - HAHAHAHAHA, pode trazer um misto, HAHAHAHAHAHAHAHA.

Eu gargalhei na cara do garçom, coitado, não me aguentei. Quero tanto ser uma moça fina e delicada, e me comporto como um moleque de 12 anos que vê graça nessas coisas. O garçom nem voltou depois na mesa, um colega dele é que foi levar a conta...

Garanto que ele nunca mais dá mais essa bola fora.


P.S.: isso tem quase um mês, e até hoje quando minha mãe lembra da cena, ela ri da minha cara.

Dúvidas sobre etiqueta

Laço social não é, nunca foi e nem nunca será alguma coisa simples. A cada novo nicho do qual a gente vai fazendo parte, surgem algumas dúvidas, né? Por exemplo, conhecer a casa de pessoas novas: em algumas é ofensivo se você fizer cerimônia, querem mais é que você abra a geladeira e ponha os pés na mesinha de centro. Já em outras, ao contrário, ai de você se pisar no tapete ou fizer carinho no gato.
Aí que algumas dúvidas em relação a blogs têm me feito pensar, especialmente sobre frequência de comentários. Eu leio blogs, alguns diariamente. E tenho blog também, agora. Adoro quando comentam em algum texto meu, fico até um pouco triste de saber que alguém leu e não comentou, e a partir desse parâmetro tenho me baseado para comentar nos blogs que eu leio - procuro comentar sempre que a leitura daquele texto me lembrou alguma coisa, ou me deixou alguma dúvida, ou fiquei identificada de alguma forma. Em outras palavras: procuro comentar sempre que tenho algum comentário a fazer sobre o texto (dã).
Mas será que os outros blogueiros gostam também de receber comentários, tipo, sempre? Tenho medo de virar a pela-saco que comenta demais, sabe? Tem alguns blogs que sempre me incitam alguma coisa a dizer sobre o texto, em todos os textos. Será que isso incomoda, as pessoas podem se sentir perseguidas?

domingo, 22 de agosto de 2010

Trava

Eu fiz essa postagem de ontem, falando de um assunto muito sério. E gostaria mesmo de poder fazer mais alguma coisa além de escrever sobre isso, mas me sinto de mãos atadas, como todo mundo.

O efeito foi que eu dei uma travada. Já tive idéia de escrever uns três posts depois daquele, mas quando eu entro no blog e vejo a útima postagem, acho os assuntos idiotas demais para se sobreporem a ela.

sábado, 21 de agosto de 2010

E o Rio de Janeiro continua... lindo?

Fiquei sabendo pelo twitter agora de manhã que um grupo armado iniciou um tiroteio com a polícia em São Conrado, invadiu o Hotel Intercontinental e fez funcionários reféns (matéria do G1 aqui).
Isso causou um movimento no twitter, o pessoal revoltado com a situação do Rio, perguntando onde vamos parar, dizendo que não adianta colocar panos quentes, varrer pra baixo do tapete e empurrar olimpíadas e copa do mundo pro povo esquecer.
Concordo plenamente que isso é um absurdo, chega a ser surreal imaginar que você está trabalhando tranquilamente na cozinha do hotel quando 15 homens armados com fuzis invadem o local e te fazem de refém.
Mas fica a pergunta: por que razão a revolta só aparece quando ocorrem esses fatos no eixo Barra/Zona Sul? Há um mês uma criança de 11 anos morreu na sala de aula, atingida por uma bala perdida, e eu não vi a mesma comoção. Quase diariamente, os moradores das favelas cariocas são igualmente feitos de reféns em suas próprias casas em meio a trocas de tiros, seja da polícia com os traficantes ou de grupos rivais do tráfico que tentam dominar uma mesma área.
A empregada lá de casa, a duras penas, comprou uma antena parabólica para ela, que semanas depois estava inutilizada graças a buracos de tiros. Ela tem hora para sair e chegar, não pode circular livremente, é obrigada a passar por sentinelas de 12, 13 anos armados na entrada de sua rua e cumprimentá-los, pois se não o fizer corre risco de vida. Ela tem uma filha, de 15 anos, que não pode viver a adolescência que nós vivemos, indo a festinhas, passeando, levando as amigas pra estudar em casa. Fora que, a polícia quando vai nas favelas, atira onde der na telha e depois planta armas e drogas na mão do infeliz, se errar o alvo.
Mas na favela é normal, né? Acontece todo dia. Revoltante é quando chega pertinho de mim, na zona sul. Aí não, né? Aí eu tenho que protestar no twitter!!
Olha, os cariocas, eu incluída, temos que fazer um exercício diário de indignação. Realmente é fácil se habituar a essa balbúrdia, recebendo notícias assim todos os dias. É a mesma coisa que a guerra no oriente médio, por exemplo. Uma vez na semana a gente ouve uma notícia de atentado com carro-bomba, e só pensa "puxa, que coisa" - como se ouvisse sobre a extinção da ararinha-azul. Mas como é lá longe, esquece rápido, não se sente atingido.
A mesma coisa da insegurança pública no RJ: a gente ouve, mas como é lá longe na favela, passa batido. Não, temos que fazer o exercício da indignação, temos que sair da zona de conforto de achar triste, mas rotineiro! Parar de ler o jornal, ficar um pouco chateado, e imediatamente virar a página e escolher que filme ver mais tarde.
É muito sério o que acontece lá, e muito mais sério o que acontece nas favelas diariamente do que o que aconteceu hoje em São Conrado.
Que fique claro: não estou dizendo de forma nenhuma que as pessoas não devem se revoltar com o que aconteceu hoje, estou dizendo que NÃO SÓ com isso.
Jamais vou esquecer do depoimento do pai do menino de 3 anos, morto por engano pela polícia em 2008, dado a Ricardo Boechat poucos dias após o ocorrido: "eu não aceito que meu filho seja mais um a entrar para as estatísticas, se isso aconteceu com ele que não seja à toa, que provoque alguma mudança real."
Esse caso aconteceu pouco antes de eu vir morar em Aracaju, e contribuiu na decisão de me mudar. Lembro que eu falava na época: eu não quero me acostumar com isso, eu não posso perder a capacidade de me indignar.
Fazendo coro com o pai de João Roberto, continuo com esperança de que essas crianças que morrem possam provocar alguma mudança. E fico muito triste por escrever a última frase no presente 'morrem' ao invés do passado 'morreram'.

PS: odeio o termo politicamente correto, e amplamente difundido, comunidade. Só porque o então prefeito César Maia pintou alguns barracos com uma tinta bem coloridinha e fofa na época do favela-bairro, as favelas não viraram comunidades, nem muito menos bairros. Não adianta mudar só o nome. Isso é mascarar tanto quanto pintar a fachada dos barracos. Favela é feio, não contribui com o turismo, então a gente chama comunidade pra dar a idéia de um bairro de periferia de novela das oito, um pessoal divertido, que samba e come pastel e vai ao piscinão de Ramos. Não, obrigada. Continuarei usando a nomenclatura antiga, favela, até que alguma mudança mais efetiva do que a de nome seja feita nesses locais.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Uma noite em 67

No meu último fim de semana no Rio, fui com meus pais assistir Uma noite em 67. O filme é imperdível, do tipo "tem que ver de qualquer jeito" e "vou comprar o dvd assim que sair", por vários motivos:

- Eu gosto muito de saber sobre o momento de criação da arte. A história da música e do que inspirou seu compositor e/ou autor, a história de um quadro, de uma escultura... Adoro mesmo isso. Não é à toa que li de uma sentada só o Chico Buarque - Histórias de Canções e sempre que posso revejo O Mistério de Picasso. E esse filme mostra histórias de músicas que não são quaisquer músicas, são músicas importantíssimas que marcaram época.

- Não é um filme romântico, ou seja, não é nostálgico e nem mostra o festival e seus participantes como sendo sempre extremamente militantes e politizados. O diretor do festival, por exemplo, fala que acima de tudo era um programa de TV, e que ele estava preocupado com a audiência. E o Chico diz que um dos motivos de ele não ter participado do movimento tropicalista foi que, nas reuniões, ele sempre estava bêbado e nunca lembrava do que era discutido!

- O filme, em si, é muito bem feito. Há filmes em que a história é boa, mas o filme é mal produzido. Não é, definitivamente, o caso desse. Tem um equilíbrio bem legal entre os depoimentos, as imagens e entrevistas da época, as músicas... Enfim, perfeito.

Bom, eu poderia fazer uma lista com um milhão de motivos, e ainda assim não seria capaz de expressar a beleza do filme em toda sua plenitude. Saí inebriada da sessão, e fiquei debatendo o filme com meus pais durante longas horas. Eles têm memória disso, assistiam pela TV e me contaram tudo o que lembravam da época... que inveja.

E, por falar em inveja, uma reação inevitável ao sair da sessão é a nostalgia. Costumo não gostar de pessoas que engrandecem o passado, com aquela velha frase "na minha época...", como se alguma época de fato tivesse sido boa. Me policio bastante, inclusive, para não ter reações desse tipo.
Mas não teve jeito. Você vê na platéia do festival jovens, até crianças, cantando a plenos pulmões aquelas músicas, todo o movimento estudantil da época, o engajamento das pessoas e a fé de que elas poderiam sim fazer alguma diferença... e compara com nossos queridos jovens de hoje, que são fãs de Justin Bieber e Crepúsculo. Não dá pra não sentir uma tristeza.

Bom, agora o que eu mais quero é comprar o livro A Era dos Festivais: Uma Parábola (que foi uma fonte importante para o filme), para saber mais e mais sobre o assunto. E, claro, o DVD - assim que for lançado.